Tocar e deixar-se tocar pela misericórdia de Jesus, deixar-se interpelar pela palavra de Deus, pelas histórias, pelos acontecimentos... Essa foi a experiência da Marcha Franciscana à Terra Santa, em sua 32ª edição.
De 20 a 27 de agosto, numerosos jovens que chegaram de diferentes partes da Terra Santa (Belém, Ramallah, Nazaré, Haifa, Alta Galileia), acompanhados por um grupo de freis e religiosas, viveram a aventura da Marcha Franciscana deste ano, intitulada "Hoje comigo no Paraíso".
O percurso e as atividades da Marcha
Cerca de cem jovens se reuniram em Sakhnin para iniciar a aventura da marcha, armados de fé e determinados a renovar seu relacionamento pessoal com Jesus. De Sakhnin a Deir Hanna, Al-Maghar e Eilabun, todos a caminho do Monte Tabor para testemunhar a glória do Filho de Deus em suas vidas, juntamente com Pedro, Tiago e João.
Caminhar desde o início da manhã, encontrar os paroquianos nas paróquias que sediaram a marcha, participar das conferências e do trabalho em grupo, compartilhar suas reflexões durante as noites de entretenimento, orar durante as horas de adoração e vigília espiritual, culminando no rito do lava-pés: essas foram as atividades que envolveram todos os jovens durante a semana, até o sacramento da reconciliação com Deus e consigo mesmos, ou seja, o sacramento da confissão.
A importância de escutar as palavras de Jesus
Toda a marcha foi centrada nas palavras de Jesus para o bom ladrão na cruz: "Hoje comigo no Paraíso". As palavras têm o poder instantâneo de fazer alguém feliz ou infeliz, podem ser balas ou carícias, pedras ou abraços. As palavras de Jesus são palavras perfumadas com amor, palavras que curam: a ciência moderna ainda está procurando um remédio mais eficaz do que essas palavras.
Suas palavras libertam da insegurança, da subestimação dos próprios recursos, encorajam o amor e a misericórdia de Deus Pai: Suas palavras transmitem calor, chocam a alma, dão-lhe asas e a fazem decolar mesmo do terreno mais lamacento. Elas são duplamente positivas quando temperadas com misericórdia e esperança na vida eterna.
Essa experiência da marcha não foi uma experiência qualquer, mas sim um momento de graça, repleto da alegria da fraternidade. Um tempo enriquecido pelas palavras de Deus Pai, por meio da missão dos freis e religiosas e do encontro com o Vigário Custodial, Frei Ibrahim Faltas, e com o Patriarca de Jerusalém dos Latinos, S.B. Pierbattista Pizzaballa, que celebrou a missa de encerramento no último dia.
Essa é nossa vocação cristã e nossa missão franciscana: sermos chamados a testemunhar o amor de Deus entre os homens, e isso nos compromete a dar o melhor de nós mesmos e da melhor maneira, seguindo os passos de nosso pai e irmão Francisco de Assis.
Fra George Haddad
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