O Custódio da Terra Santa é o Ministro Provincial (isto é, o superior principal) dos Frades Menores que vivem em todo o Oriente Médio. Ele possui jurisdição sobre os territórios de Israel, Palestina, Jordânia, Líbano, Egito (parcialmente), Chipre e Rodi, isso sem contar as numeroas casas (Comissariados) em várias partes do mundo (vale a pena nominaras de Roma, Washington, Nápolis e Buenos Aires).
A função principal do Custódio, além de animar a vida dos frades, é a de coordenar e encaminhar a acolhida dos peregrinos que chegam a Terra Santa em peregrinação e oração aos sacrários da nossa Redenção. Tal tarefa foi transmitida pela Santa Sé há mais de 600 anos. O termo usado naqueles tempos para indicar esta iniciativa era “custodia” dos lugares sagrados, do qual derivavam os termos ainda em uso “Custódio” e “Custódia”.
Historicamente o primeiro e mais importante papel do Custódio foi o de receber os peregrinos ao Santo Sepulcro, oferecendo os seus espaços e a possibilidade de rezar dando hospitalidade também àqueles que não poderiam se permetir hospedagens custosas. Ao mesmo tempo, aos peregrinos é oferecida a possibilidade de encontrar frades prontos a recebê-los, escutá-los e assistí-los espiritualmente.
Todos os santuários Critãos católicos estão sob a sua jurisdição. Ele se assegura que seja oferecido o necessário suporte para oficiar as funções litúrgicas nos Lugares Santos. Uma outra missão que o Custódio desempenha, por força do seu ofício, é a de coordenar as notícias sobre a Terra Santa e infundir nos Cristãos do mundo o desejo do “cuidado amável” por estes lugares: escavações arqueológicas nos lugares santos, publicações de diários de antigas peregrinações e sobretudo os estudos da Bíblia por meio da geografia e história dos mesmos lugares em que os eventos aconteceram. Por este motivo a Custódia instituiu o Estúdio Bíblico Franciscano, a FAI, a Franciscan Printring Press. Todas estas atividades dependem principalmente do Custódio que com a ajuda de outros frades se empenha em encontrar benfeitores que possam sustentar estas iniciativas.
Uma outra importante tarefa do Custódio é a de cuidar e sustentar, de acordo com a igreja local, a presença Cristã na Terra Santa, com várias iniciativas, dentre elas as escolas e paróquias.
Todas estas iniciativas requerem não somente o sustento moral dos Cristãos de todo o mundo, mas também o econômico.
É por esta razão que durante séculos, vários “Comissariados da Terra Santa” foram estabelecidos em boa parte do mundo para promover a conscientização acerca da vida dos frades na Terra Santa e ao mesmo tempo para recolher fundos para ajudar a sustentar o trabalho da Custódia. Todos estes comissariados dependem diretamente do Custódio.
Dada a importância da missão do Custódio, ele não é eleito como todos os outros Ministros Provinciais da Ordem. Ele é nomeado diretamente pela Santa Sé depois de uma consulta com os frades da Custódia e a apresentação feita pelo Governo Geral da Ordem.
Na Terra Santa a figura do Custódio é considerada como a de uma das principais autoridades religiosas Cristãs. Ele, junto com o Patriarca Grego Ortodoxo e também Armeno, é responsável pelo “Status quo”, um conjunto de costumes que regulam a vida de alguns santuários, entre eles o Santo Sepulcro e a Natividade de Belém.
O Padre Custódio da Terra Santa faz parte da Assembléia dos Ordinários Católicos da Terra Santa.
Frei Francesco Patton, atual Custódio de Terra Santa, foi eleito pelo Definitório Geral dos Frades Menores aos 20 de maio de 2016 para os próximos seis anos.
Frei Francesco Paton, nasceu em Trento – Itália, Diocese de Trento, aos 23 de dezembro de 1963, pertence à Província de Santo Antônio dos Frades Menores do norte da Itália.O Vigário da Terra Santa è membro da Cúria.Apoia em tudo o papel do Custódio e, em sua ausência, preside aos ofícios e encargos que seriam do Custódio. Se, por acaso, o encargo do Custódio ficasse vago, é o Vigário que convoca, dentro de 15 dias, o Discretório da Custódia, encarregado de fazer nova eleição.
O Secretário geral da Custódia é membro da Cúria. Antes de mais nada, ele está a serviço de todos os mecanismos da Custódia, dentre os quais, em primeiro lugar, o Discretório. É ele que prepara a ordem do dia das reuniões dos Discretos, redigindo a seguir as atas, atento sobre as decisões tomadas. Encarrega-se do todo da correspondência da Custódia com a Igreja universal, com a Igreja local de todas as confissões e ritos, com a Ordem Franciscana e com os Comissários da Terra Santa e, enfim, com todos os frades, segundo as suas necessidades. Por outro lado, interessa-se pela maior parte dos negócios administrativos da Custódia.
Para a direção dos serviços financeiros da Custódia, é eleito o Ecônomo. Ele é encarregado da gestão das despesas e receitas, sob a supervisão do Discretório, em conexão com os Comissários da Terra Santa. Exerce também o ofício de coordenador pessoal da Obra das casas e dos seus aluguéis, que é um trabalho ligado aos cristãos locais, com a entrega das moradias, que são propriedades da Custódia, construídas com as ofertas a favor da Terra Santa, provenientes de todo o mundo.
Nasceu em Tahwitatel el Nahar, Líbano, no dia 13 de março de 1965. Possui graduação em Direito no Líbano. Membro da Custódia da Terra Santa. Fez sua primeira profissão religiosa no dia 16 setembro de 2010 e a profissão solene no dia 5 de outubro de 2013. Foi ordenado sacerdote no dia 3 de maio de 2014.
Antes de cumprir a função de Ecônomo da Custódia, desde 2013 foi Superior, Ecônomo local e Pároco no Convento de Santo Antônio de Pádua em Tiro e Deir Mimas, Líbano.
Cidadão britânico, nasceu em 1958. Em 1991, entrou na Custódia da Terra Santa.Em 1996, fez a Profissão solene. Em 1998, foi ordenado sacerdote.Doutor em Sagrada Teologia e Filosofia. Desde 2004 é Pároco, Ecônomo, Vigário local no convento de Santa Maria da Vitória– Rodes e Vigário geral da Arquidiocese de Rodes. Eleito Discreto pelo Capítulo da Custódia, em julho de 2016, por um período de 03 anos e reeleito pelo Capítulo da Custódia, em julho de 2019, por mais um triênio.