Após a surpreendente visita do Santo Padre no Convento de S. Salvador, na terça-feira, 27 de maio, Sua Beatitude Beshara Rai, foi o primeiro dignatário religioso libanês a visitar a Terra Santa, desde a criação do Estado de Israel.
A histórica visita não aconteceu sem controvérsias. Várias fações políticas acusaram o Patriarca de visitar o território “inimigo”. As relações diplomáticas entre Israel e o Líbano estão mais que mortas, apesar do armistício assinado em 1949. Contudo, a Igreja maronita tem duas Entidades administrativas no território da Terra Santa: A Hiparquia de Haifa e da Terra Santa, juntamente com o Exarquia Patriarcal de Jerusalém, Jordânia e Territórios palestinos, que conta com 10 mil fiéis. Sua Beatitude, por isso, aproveitou a oportunidade para dar as boas-vindas ao Santo Padre e, além disso, aproveitou a ocasião de sua estada, visitando mais amplamente as comunidades na Terra santa.
Sua Beatitude, por isso, reservou mais de uma semana para seus fiéis em Jerusalém, Jafa, Haifa e Nazaré. Não só os Maronitas alegram-se com sua vinda. Muitos cristãos árabes uniram-se a eles, inclusive a Custódia da Terra Santa. As calorosas boas-vindas que Sua Beatitude recebeu no convento de S. Salvador, bem como no Patriarcado maronita, em Jerusalém o testemunham.
O entusiasmo é real, explica Fr. Feras, pároco de Jerusalém. “Os cristãos conhecem-no muito bem porque, durante anos, pregava o Evangelho através da rede de TV Noursat, no Oriente Médio.” Fr. Najib, o superior libanês do Convento da Flagelação, enfatiza que o Patriarca libanês é “uma figura nacional e verdadeira autoridade espiritual cristã” no Oriente Médio.
O Custódio não duvidou em acentuar esse papel em sua fala de boas-vindas. “A relação entre os Maronitas e os Franciscanos vem de longa data e se aprofunda. A presença de vossa Beatitude a perpetua. Mas, além dessa continuidade, vossa visita enriquece a mensagem da Terra Santa. Com vossa presença, hoje, nós nos aproximamos à nossa missão e ao sonho da unidade cristã.”
Sua Beatitude gostou dessas palavras, dizendo em italiano: “Nossa visita à Custódia da Terra Santa, hoje, é um Te Deum. Viemos para agradecer por vossa presença, pelo amor que tendes ao sustentar os cristãos daqui.” Convicto, acrescentou: “Resistimos. Temos tantas igrejas, são tantos os cristãos. Não devemos deixar de afirmar ao mundo que esta terra carrega a marca cristã. Bem-aventurado sois por estar nesta terra, na qual não nos é fácil pôr os pés!”
Sua Beatitude não ficou apenas em falas oficiais, mas visitou a enfermaria a fim de se encontrar com os mais idosos franciscanos. Com grande ternura abençoou cada Frade, rezou o Pai-Nosso com eles, e tomou tempo para uma conversa com eles, também saudou os funcionários na enfermaria e pousou para fotos.
Essa visita patriarcal foi um sinal de encorajamento para os Maronitas da Terra Santa, bem como para muitos libaneses que desejam a paz no Oriente Médio. Como escreveu o jornalista libanês, Bissane Al-Sheikh, no diário pan-arábico Al Hayat, no dia 23 de maio: “Esta visita abre uma fresta em nossos espíritos, contra a muralha a favor da normalização que, por décadas, tentamos construir e reforçamos com concreto. Essa muralha distanciou-nos da Palestina e seu povo, muito mais do que a muralha que Israel construiu. Que Vossa Beatitude clame por nós, que amamos Jerusalém, para que se seja possível receber o privilégio de visitar a cidade que milhares libaneses desejariam ver.”
Depois de visitar Belém, Beit Sahour e Jerusalém, o Patriarca permanecerá até o dia 31 de maio, a fim de visitar os maiores centros maronitas em Israel: Akko, Jish, Nazaré, Issifya e Haifa.
No dia 28 de maio, celebrará a Liturgia em Cafarnaum, hóspede dos Franciscanos, que custodiam esse lugar. A celebração será transmitida ao vivo pela TV Noursat, graças à assistência técnica da Franciscan Media Center.
Antes disso, no mesmo dia, vai a Kfar Biriim, cuja população foi deslocada em 1948 e ainda não conseguiu voltar à terra de seus ancestrais.
Ele completará sua visita pastoral em Haifa, onde a grande comunidade maronita vai unir-se a ele em grande procissão, no cair da tarde de 30 de maio.
Emilie R.
A histórica visita não aconteceu sem controvérsias. Várias fações políticas acusaram o Patriarca de visitar o território “inimigo”. As relações diplomáticas entre Israel e o Líbano estão mais que mortas, apesar do armistício assinado em 1949. Contudo, a Igreja maronita tem duas Entidades administrativas no território da Terra Santa: A Hiparquia de Haifa e da Terra Santa, juntamente com o Exarquia Patriarcal de Jerusalém, Jordânia e Territórios palestinos, que conta com 10 mil fiéis. Sua Beatitude, por isso, aproveitou a oportunidade para dar as boas-vindas ao Santo Padre e, além disso, aproveitou a ocasião de sua estada, visitando mais amplamente as comunidades na Terra santa.
Sua Beatitude, por isso, reservou mais de uma semana para seus fiéis em Jerusalém, Jafa, Haifa e Nazaré. Não só os Maronitas alegram-se com sua vinda. Muitos cristãos árabes uniram-se a eles, inclusive a Custódia da Terra Santa. As calorosas boas-vindas que Sua Beatitude recebeu no convento de S. Salvador, bem como no Patriarcado maronita, em Jerusalém o testemunham.
O entusiasmo é real, explica Fr. Feras, pároco de Jerusalém. “Os cristãos conhecem-no muito bem porque, durante anos, pregava o Evangelho através da rede de TV Noursat, no Oriente Médio.” Fr. Najib, o superior libanês do Convento da Flagelação, enfatiza que o Patriarca libanês é “uma figura nacional e verdadeira autoridade espiritual cristã” no Oriente Médio.
O Custódio não duvidou em acentuar esse papel em sua fala de boas-vindas. “A relação entre os Maronitas e os Franciscanos vem de longa data e se aprofunda. A presença de vossa Beatitude a perpetua. Mas, além dessa continuidade, vossa visita enriquece a mensagem da Terra Santa. Com vossa presença, hoje, nós nos aproximamos à nossa missão e ao sonho da unidade cristã.”
Sua Beatitude gostou dessas palavras, dizendo em italiano: “Nossa visita à Custódia da Terra Santa, hoje, é um Te Deum. Viemos para agradecer por vossa presença, pelo amor que tendes ao sustentar os cristãos daqui.” Convicto, acrescentou: “Resistimos. Temos tantas igrejas, são tantos os cristãos. Não devemos deixar de afirmar ao mundo que esta terra carrega a marca cristã. Bem-aventurado sois por estar nesta terra, na qual não nos é fácil pôr os pés!”
Sua Beatitude não ficou apenas em falas oficiais, mas visitou a enfermaria a fim de se encontrar com os mais idosos franciscanos. Com grande ternura abençoou cada Frade, rezou o Pai-Nosso com eles, e tomou tempo para uma conversa com eles, também saudou os funcionários na enfermaria e pousou para fotos.
Essa visita patriarcal foi um sinal de encorajamento para os Maronitas da Terra Santa, bem como para muitos libaneses que desejam a paz no Oriente Médio. Como escreveu o jornalista libanês, Bissane Al-Sheikh, no diário pan-arábico Al Hayat, no dia 23 de maio: “Esta visita abre uma fresta em nossos espíritos, contra a muralha a favor da normalização que, por décadas, tentamos construir e reforçamos com concreto. Essa muralha distanciou-nos da Palestina e seu povo, muito mais do que a muralha que Israel construiu. Que Vossa Beatitude clame por nós, que amamos Jerusalém, para que se seja possível receber o privilégio de visitar a cidade que milhares libaneses desejariam ver.”
Depois de visitar Belém, Beit Sahour e Jerusalém, o Patriarca permanecerá até o dia 31 de maio, a fim de visitar os maiores centros maronitas em Israel: Akko, Jish, Nazaré, Issifya e Haifa.
No dia 28 de maio, celebrará a Liturgia em Cafarnaum, hóspede dos Franciscanos, que custodiam esse lugar. A celebração será transmitida ao vivo pela TV Noursat, graças à assistência técnica da Franciscan Media Center.
Antes disso, no mesmo dia, vai a Kfar Biriim, cuja população foi deslocada em 1948 e ainda não conseguiu voltar à terra de seus ancestrais.
Ele completará sua visita pastoral em Haifa, onde a grande comunidade maronita vai unir-se a ele em grande procissão, no cair da tarde de 30 de maio.
Emilie R.