Madre Teresa, a Irmã universal, festejada em Jerusalém | Custodia Terrae Sanctae

Madre Teresa, a Irmã universal, festejada em Jerusalém

No domingo, 18 de setembro, a comunidade católica reuniu-se na igreja S. Salvador, junto às Irmãs Missionárias presentes na Palestina e em Jerusalém, e participou da missa de Ação de Graças pela canonização de Santa Teresa de Calcutá, celebrada em Roma, no dia 04 de setembro de 2016.

Mons. Shomali, Bispo auxiliar, presidiu a celebração, tendo ao seu lado o Padre Custódio, Francesco Patton, e uns quinze sacerdotes, enquanto as Irmãs vindas de Belém e Gaza ajuntaram-se às Irmãs de Jerusalém, nas primeiras filas da igreja, um lugar raramente ocupado por elas.

Há mais de 40 anos, as Irmãs de Madre Teresa, como se costuma chamá-las, enfeitam a paisagem da Terra Santa com sua veste branca e bordas azuis. Sempre duas a duas, vão de casa a casa, a fim de socorrer discretamente os pobres. Aqui, uma família não tem o que comer, ali um doente não pode mover-se.

Muitas vêm da Índia, algumas vêm de outros países, mas todas procuram aprender algumas palavras da língua árabe a fim de se fazer compreender nas casas, mas frequentemente sua caridade basta. As palavras saem de suas bocas são: Deus, missa, confissão, comunhão, oração, o essencial da mensagem evangélica, enquanto oferecem uma laranja ou um remédio.

Em sua homilia, Mons. Shomali recordou a peregrinação de Santa Teresa de Calcutá, em 1982, quando ele ainda estava no seminário, em Beit Jala, e Madre Teresa havia recebido, pouco antes, o prêmio Nobel da Paz. « Pedimos a ela que nos falasse de sua congregação e de sua atividade, mas falou-nos unicamente do motivo porque cuidava dos pobres e lutava contra a pobreza. Era o amor por Jesus, o mais pobre entre os pobres. »

« Seremos julgados sobre o amor, recorda-nos a leitura do Evangelho segundo S. Mateus (Mt 25, 30-46) – continuou o pregador. Santa Teresa viveu esse amor durante toda a sua vida; reunia todos os pobres que encontrava pelas ruas de Calcutá, sem distinção de religião, para acolhê-los nos centros criados por ela, porque neles via Jesus. E a mão de Deus providenciava o necessário. Trabalhemos como ela trabalhou. Amemos os membros de nossas famílias. Amemos nossos vizinhos, visitemos os doentes, demos aos pobres o que possuímos! »

Após a celebração, a Paróquia recebeu a assembleia em seus locais a fim de agradecer às Irmãs Missionárias da Caridade pelo exemplo que nos dão.

Nesse mesmo dia, em Nablus, aconteceu uma celebração junto aos Padres Missionários da Caridade, a ala contemplativa da congregação.

Nas 7 casas da congregação na Palestina, Jerusalém e Jordânia, as Irmãs Missionárias da Caridade são quarenta. Em algumas casas, acolhem pessoas com necessidades especiais ou idosos; em outras, moram Irmãs que apenas socorrem os pobres lá onde se encontram. A casa, em Jerusalém, serve à comunidade presente no país e é lugar de conforto espiritual das religiosas.