Em Jerusalém, um jardim para contemplar… O Eremitério do Getsêmani completa seus primeiros 25 ano | Custodia Terrae Sanctae

Em Jerusalém, um jardim para contemplar… O Eremitério do Getsêmani completa seus primeiros 25 ano

2012/07/07

Jerusalém, 07 de julho de 2012

Em Jerusalém, um jardim para contemplar… O Eremitério do Getsêmani completa seus primeiros 25 anos.

Sábado, dia 07 de julho, às 17h, na capela do Eremitério, foi celebrado o Jubileu de Prata daquele jardim que Fr. Giorgio Colombini arrancou do abandono para fazer dele um lugar de oração. A iniciativa, pensada por Fr. Diego Dalla Cassa, atual Diretor do Eremitério, tornou-se ocasião especial para recordar e agradecer a todos os que trabalharam nesse local.

As vocações, a profecia: a sarça ardente, o Getsêmani, a voz que grita ainda hoje foram os temas tratados pelo Custódio da Terra Santa, Fr. Piebattista Pizzaballa, no encontro.

Breve história do Eremitério

Há 25 anos, a ideia de Padre Giorgio Colombini, falecido em maio de 2009, era a de fazer desse local um ambiente em que se pudesse rezar, em resposta ao convite de Jesus: “Ficai aqui e vigiai comigo” (Mt 26,38).

A ideia de restituir à Cidade Santa sua identidade sublime, no lugar em que aconteceu a súplica mais profunda a Deus, veio a Padre Colombini de seu amigo, Don Gianni Tomasi, trentino, que, precisamente em Jerusalém e no Getsêmani, pensara num jardim.

A partir de taperas e casebres em ruinas, na época usados como depósito, com ajuda de voluntários vindos de Trento – Itália, Fr. Giorgio ajeitou uma dúzia de ermos: cada um com sua cozinha, banheiro, quarto com cama, mesinha e cadeira, em que se pode permanecer isolado, em meditação. Assim é o eremitério da Custódia Franciscana da Terra Santa, que se encontra ao lado da atual Basílica do Getsêmani. É lugar de paz; em que se faz deserto ao redor de si, para encontrar-se consigo e com Deus: lugar em que, entre a árvores de oliveiras e plantas… à vista do vale de Cedron e à vista de Jerusalém, circundada pelos muros… se vive o silêncio da Palavra e a Palavra do silêncio, e se vive o “já, mas o ainda não”…

Desde 1987 até hoje, mais de seis mil peregrinos fizeram seu deserto nele, e não cessam de vir pedidos a fim de viver essa experiência forte de oração com a Fraternidade franciscana, já tornada etapa obrigatória.

O Padre Custódio, em sua fala, concluiu, dizendo: "O Eremitério quer ser oportunidade de vigiar e orar com Ele e possibilidade de descobrir esse dom. Fazê-lo no mesmo lugar é, pois, mais do que dom. É graça."

Ao final da Lectio Divina, o Custódio benzeu o Eremitério, e seguiu um refresco no jardim.