Bênção do novo órgão no Santo Sepulcro | Custodia Terrae Sanctae

Bênção do novo órgão no Santo Sepulcro

No dia 12 de março, apesar do horário matutino, muitos acorreram ao Santo Sepulcro. Durante a messa quotidiana, o Custódio da Terra Santa benzeu o novo órgão da capela dedicada a Santa Maria Madalena. Se eram numerosos os presentes, numerosos eram também os sacerdotes e clérigos para assistir a essa cerimônia nada banal.
A missa foi iniciada aos pés do novo instrumento, diante do altar de Santa Maria Madalena, ao lado da capela da aparição.
O Custódio introduziu a bênção com algumas palavras, recordando a importância do órgão na Liturgia: «Estamos aqui reunidos para benzer este novo órgão, que fará com que nossas celebrações litúrgicas sejam mais belas e solenes. O fim da música na Liturgia é, antes de tudo, o de dar glória a Deus e nos conduzir à santidade.»
Não foi possível acompanhar, por ser longo, o cerimonial da bênção do órgão, pois se reveste de um diálogo entre o sacerdote e o instrumento. No passo oitavo, o celebrante convida o órgão a «despertar»: «Desperta, órgão, sagrado instrumento, entoa louvores a Deus nosso pai e criador!» e o órgão responde em breve improvisação.
No Santo Sepulcro, porém, a bênção se revestiu de oração que recordou a majestosa grandeza de Deus e a necessidade de o homem «unir sua voz ao hino universal de oração.»
Logo depois da bênção, o som do órgão vibrou sob os dedos e pés do P. Johannes Ebenaurer, organista de Viena- Áustria.
A missa votiva da Ressurreição continuou numa solenidade que se percebia na pele. Em sua homilia, o Custódio quis recordar a importância do lugar para essa Missa da Ressurreição: «É aqui que Cristo ressuscitou definitivamente. Ele não morre mais. O túmulo vazio está aqui para recordá-lo!»
A data escolhida para a bênção caiu exatamente na metade da Quaresma. Foi ocasião para o Fr. Pierbattista sublinhar ainda o paralelismo possível com o centro do cristianismo: «No Santo Sepulcro, a alegria não acaba jamais. Também durante a Quaresma não podemos deixar de anunciar a Ressurreição. Em certo sentido, o órgão está presente também para cantar a glória do Ressuscitado. A música ocupa, por isso, um posto importante na liturgia!»
A missa foi celebrada, com sempre, em Latim, mas as leituras foram proclamadas em Alemão.
O novo órgão foi, na verdade, construído pela firma austríaca Rieger. Uma célebre família de construtores de órgãos, que já instalou numerosos instrumentos na Terra Santa, seja em Jerusalém (na igreja de S. Salvador e no Getsêmani), seja em Nazaré e Belém.
Não teria sido possível realizar esse projeto se o Comissariado da Terra Santa, na Áustria, não tivesse financiado inteiramente (comos os anteriores), graças a várias ações.
Isso explica a presença na missa do Embaixador austríaco e do Sr. Wendelin Eberle, atual responsável pela fábrica de órgãos Rieger.
Praticamente, o novo instrumento acompanhará as missas de manhã, na Tumba, e as procissões cotidianas, como informou Fr. Petrus, Vice-Ecônomo da Custodia e organista. «A missão litúrgica do órgão realiza-se plenamente assim. Por sua vizinhança aos lugares das celebrações latinas no Santo Sepulcro, o instrumento ajudará nossas liturgias. A realização não foi coisa simples, por causa da grande poeira no Santo Sepulcro. Por isso os tubos do novo órgão estão completamente escondidos por painéis de madeira.»
Com seus 16 registros, o órgão de Santa Maria Madalena será reforço ao grande órgão já presente no Santo Sepulcro, na galeria sobre a edícula. Um procedimento engenhoso permite ao organista tocar dois órgãos sobre o mesmo teclado.
Terminada, durante o verão de 2014, a instalação do grande órgão não foi nada fácil, por causa do Statu Quo. Mas, agora, todos os ingredientes estão presentes para dar o máximo de solenidade às Liturgias. Ad majorem Dei gloriam!

Nicolas Kimmel

Veja a a bênção do novo órgão no documentário de Christian Media Center:
http://cmc-terrasanta.com/it/video/archeologia-cultura-e-altre-religioni-8/un-nuovo-organo-per-il-santo-sepolcro-8172.html