Testemunha sobre a importância do lugar do Batismo de Jesus no Jordão nos foi transmitida pelo peregrino Anônimo de Piacenza, já em 570. Ele fala de uma cruz colocada sobre uma coluna de mármore no centro do rio, a fim de indicar o acontecimento do Batismo.
Conforme as recordações históricas, os Franciscanos fazem a peregrinação anual a esse lugar, ao menos desde 1641.
Desde 1967, por causa da guerra entre Israel e Jordânia, a inteira área foi fechada aos peregrinos e turistas, e tornando-se enorme campo minado (55 hectares) e zona militar. Apenas em 2000, para a visita do Papa S. João Paulo II à Terra Santa, foi aberto pequeno acesso, que foi, depois, fechado novamente após a primeira Intifada. Em 2011, as autoridades de Israel limparam pequena parte do terreno a fim de torná-lo acessível aos peregrinos.
Desde janeiro de 2018, a organização Halo Trust retirou as minas, pouco a pouco, de todos os territórios que pertencem às oito Igrejas cristãs, proprietárias daquela área: a Igreja católica, grego-ortodoxa, armênia, copta, etiópica, rumena, siríaca e russa.
No dia 09 de julho de 2018, foi devolvido o terreno dos franciscanos. Procedeu-se a retirada das minas da estrada principal que leva à igreja, em torno da igreja e dentro da igreja. Não foi achado nenhum material suspeito na igreja e no convento, mas os trabalhadores da Halo Trust pediram a remoção de todos os objetos.
(MAIORES INFORMAÇÕES EM O convento franciscano no Rio Jordão, após 50 anos fechado e transformado em campo de batalha.
Segundo as previsões de Halo Trust, em breve, bem 30.00 metros quadrados de superfície serão declarados livres de minas.
A igreja franciscana
Em 1932, a Custódia da Terra Santa adquiriu um terreno junto ao rio, perto do lugar do Batismo de Jesus e, em 1933, ali fez construir uma capela junto ao rio. Em 1935, à pequena distância, foi inaugurada uma pequena igreja, está de pé ainda hoje, dedicada a S. João Batista.
A estrutura eleva-se em dois pisos. No andar térreo, acham-se os quartos do convento, utilizados para hospedagem e lugar de apoio aos Frades, que, ao entardecer, retornavam ao convento em Jericó (do qual depende, juridicamente, o lugar do Batismo). Por meio de escadas, colocadas externamente no edifício, se pode chegar ao andar superior, onde se acha a pequena igreja, coberta por cúpula, totalmente fechada por vitrais.
O edifício dos franciscanos foi restaurado depois do terremoto de 1956, mas, em seguida, o lugar foi abandonado, durante a Guerra dos Seis Dias, por isso sofreu de novo danos. Não é, atualmente, acessível aos peregrinos, mas se trabalha para poder reabrir esse espaço sacro.
O mosteiro grego-ortodoxo
À distância de 1 km da margem do rio Jordão, chega-se às imponentes ruínas do mosteiro ortodoxo do Precursor (Pródromos), ou seja, de João Batista, com cripta de época bizantina. Na Idade Média, o Imperador bizantino Manuel Comneno (1143-1180) fez reconstruir e fortificar o mosteiro, que, porém, em seguida teria novamente caído. Em 1882, o Patriarcado grego-ortodoxo adquiriu o terreno e fez renascer a comunidade religiosa. Antiquíssimo é o nome aramaico-siríaco do mosteiro, conservando-se até em idioma árabe: Mar Yuhanna, literalmente: o Senhor João (cfr. A antiga invocação cristã Mar-ana tha, «Vem, Senhor!», em 1Cor 16,22). Na Igreja de língua aramaica, na verdade, o título de Senhor/Senhora equivale ainda hoje àquele de Santo/Santa.
O complexo monástico será aberto, logo mais. O anúncio foi dado no fim de janeiro de 2018 pelo Patriarcado grego-ortodoxo de Jerusalém. Num comunicado oficial se precisa que no mosteiro estão acontecendo trabalhos de restauração a fim de torná-lo de novo um santuário ortodoxo e um lugar de acolhimento de peregrinos.