Com a celebração do Domingo de Ramos, em Jerusalém, começou a Semana Santa. Nas primeiras horas da manhã, no Santo Sepulcro decorreu a procissão ao redor da edícula, seguida de missa solene presidida pelo Patriarca de Jerusalém, Cardeal Pierbattista Pizzabala.
Na parte inicial da celebração litúrgica, o Patriarca Latino procedeu à bênção das folhas de palmeira provenientes de Jericó e dos ramos de oliveira trazidas do Convento Franciscano de São Salvador, no interior da Edícula do Santo Sepulcro. Os ramos benzidos foram depois distribuídos pelos fiéis presentes e aos numerosos concelebrantes, dando-se assim início à tradicional procissão ao redor da rotunda do Sepulcro. O gesto faz memória da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, acolhido pela multidão em festa. Os participantes da procissão realizaram três voltas ao redor da Edícula, número que simboliza os dias da permanência de Cristo no Sepulcro.
Como aconteceu em 2017, a Páscoa será celebrada no mesmo dia, tanto pela Igreja Católica, como pelas Igrejas Ortodoxas. Uma ocasião excecional, que encontrou eco também na liturgia do Domingo de Ramos no Santo Sepulcro. Contemporaneamente, ao redor da Edícula, decorreram as celebrações das igrejas Copta, Siríaca e Etíope.
A celebração eucarística decorreu no altar da Madalena: o espaço junto à Edícula foi, de facto, ocupado pela Igreja Ortodoxa. Durante a Missa Pontifical foi proclamado o Evangelho da Paixão. Segundo uma antiga tradição, que remonta ao século XI, a narração foi cantada em latim por três frades da Custódia da Terra Santa, cada um dos quais interpretando um papel na passagem evangélica – Cristo, narrador e povo –, utilizando três melodias distintas.
Lucia Borgato