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Celebrações na Terra Santa em sufrágio do Papa Francisco

Celebrações nos Lugares Santos em sufrágio pelo Papa Francisco

As celebrações na Terra Santa em sufrágio do Papa Francisco representaram um momento de profunda união entre os fiéis locais e a Igreja Universal em memória do Santo Padre. As celebrações tiveram lugar em diferentes dias e em diferentes lugares santos, incluindo a Basílica do Getsémani, a Basílica da Anunciação em Nazaré e a Basílica da Natividade em Belém.
De particular significado, para além da presença dos fiéis locais e de alguns peregrinos, foi a proximidade e a presença das Igrejas Orientais e Protestantes. Um sinal tangível da mensagem que o Papa Francisco deixou com o seu pontificado, que pode ser resumido pelo título da sua Encíclica: "Irmãos todos".

25 de abril: Missa no Getsémani

A primeira celebração, depois da do Santo Sepulcro, foi a solene missa celebrada na Basílica do Getsêmani, em Jerusalém, no Monte das Oliveiras. À cerimónia assistiram, além dos frades franciscanos da Custódia da Terra Santa, representantes diplomáticos, peregrinos e fiéis locais, unidos em memória do Pontífice. A celebração foi presidida pelo Arcebispo Adolfo Tito Yllana, nomeado pelo Santo Padre Francisco - no passado dia 3 de junho - Núncio Apostólico em Israel e Chipre, bem como Delegado Apostólico em Jerusalém e na Palestina.

Durante a sua homilia, o Núncio recordou com carinho o Papa Francisco, observando que: "O Papa Francisco pensava que a fé na ressurreição implica um compromisso constante com os mais pequeninos, no tempo de Deus. Deus recolhe todas as pedras descartadas e transforma-as, como Jesus, em pedras angulares.
O Papa Francisco foi um papa do diálogo, que se empenhou generosamente em promover o diálogo entre religiões e credos, antes de mais com o judaísmo e o islamismo.
A Palavra de Deus que somos chamados a anunciar ajuda-nos a descobrir outros aspectos da figura do falecido Papa Francisco, sem qualquer pretensão de esgotar o seu retrato."

26 de abril: Missa em Belém

Também os fiéis de Belém se reuniram num abraço de fé em torno do Santo Padre, no mesmo dia do seu funeral em Roma. A celebração na Basílica da Natividade foi presidida por D. William Shomali, Vigário Geral e Vigário Patriarcal para Jerusalém e Palestina.
A celebração contou com a presença de escuteiros locais, numerosos fiéis e autoridades civis, bem como de representantes das Igrejas orientais e protestantes da cidade de Belém.
Na homilia, o bispo dirigiu palavras de gratidão pelo pontificado do Santo Padre Francisco e expressou o seu apreço pela presença de todos, cuja participação foi um profundo sinal de unidade, testemunhando o quanto o Papa tocou o coração de muitos.

E prosseguiu:
"O Papa invocou a paz no mundo. No seu último discurso, referiu-se a todas as zonas de conflito no mundo, prestando especial atenção à guerra em curso em Gaza". Nesta época de grandes desafios que o mundo enfrenta, D. Shomali sublinhou que o Papa nunca se esqueceu dos que vivem em condições difíceis. O maior exemplo é Gaza. Todas as noites, pontualmente às 19h00, Sua Santidade telefonava aos padres e às freiras da paróquia de Gaza para se informar sobre as condições da população. Ele sabia em pormenor o que estava a acontecer".

28 de abril: Missa em Nazaré

A liturgia foi presidida pelo Arcebispo Rafiq Nahra, Vigário do Patriarcado Latino na Galileia, e concelebrada pelo Pe. Wojciech Bołoz, guardião e Reitor da Basílica da Anunciação e Santuário da Sagrada Família em Nazaré, e pelo Pe. Ibrahim Sabbagh, pároco de Nazaré. Estiveram também presentes delegações das Igrejas Ortodoxa e Evangélica, numerosas comunidades religiosas e numerosos fiéis.

Durante a homilia, D. Nahra fez uma reflexão sobre o aspeto pessoal do Papa, que se centrou não só no seu papel de Pontífice, mas no que ele era como homem: um homem de profunda humildade e compaixão. Sublinhou ainda a importância de nos unirmos, mesmo de diferentes confissões cristãs, para rezar por ele, destacando a constante mensagem de unidade e misericórdia do Papa Francisco.

O Papa Francisco é recordado como o Papa dos pobres e o Papa da misericórdia. Desde o início do seu pontificado, a escolha do nome "Francisco" indicava a sua dedicação à paz, aos pobres e à simplicidade, inspirada em São Francisco de Assis. A sua vida foi marcada por uma profunda preocupação com os marginalizados e uma visão da Igreja não como um lugar de julgamento, mas como um hospital de campanha, um lugar onde as almas feridas encontram a cura.

29 de abril: Recordação do Custódio na Missa em S. Salvador

A celebração no Convento de São Salvador, em Jerusalém, foi presidida pelo Custódio da Terra Santa, Fr. Francesco Patton.
Como na Missa no Santo Sepulcro, o Custódio , na sua homilia, recordou uma das catequeses mais emblemáticas do Pontífice durante o Ano da Misericórdia, na qual afirmou: "Não há santo sem passado, nem pecador sem futuro". Com estas palavras, o Papa Francisco definiu a Igreja como uma comunidade não de perfeitos, mas de pecadores a caminho. O seu pontificado foi atravessado por este olhar misericordioso, sempre virado para os últimos, os marginalizados, aqueles que ele chamou de "descartados".

O Custódio convidou-nos a olhar para Jesus crucificado: mesmo nos momentos mais difíceis da pandemia, o Papa Francisco apontou o Crucifixo como uma referência para compreender Deus. Não um Deus que julga, mas um Deus que abraça, perdoa e se entrega em silêncio. Na Ressurreição, explicou, reside a força transformadora do amor de Deus: o medo torna-se confiança, a angústia transforma-se em esperança.

O Custódio reconheceu que o anúncio do Papa Francisco pode ser incómodo, sobretudo quando fala da paz, do ambiente, do acolhimento ou da fraternidade com uma radicalidade que desafia os nossos hábitos. No entanto, convidou-nos a guardar com gratidão o caminho que o Papa indicou, rico de humanidade e de fidelidade ao Evangelho.

Francesco Guaraldi

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